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03.06.2011 - Governo Federal projeta novo programa de microcrédito

12/07/2011

O governo brasileiro estuda juntamente com as instituições financeiras formas de incentivo para lançar um novo programa de financiamento ao microcrédito.

 

Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, as discussões estão ocorrendo para que, até o final deste semestre, o projeto já esteja totalmente desenhado pelos técnicos. A partir daí, entra no âmbito de decisão política para que seja anunciado.

 

Atualmente, os bancos podem usar 2% dos depósitos à vista (estimado em R$ 3 bilhões) para emprestar ao microcrédito. Porém, o governo identificou que muitas instituições estão preferindo deixar os recursos depositados no Banco Central, mesmo sem rendimento e isso reduz o montante para essa modalidade a cerca de R$ 2 bilhões.

 

Além disso, também foi observado que 95% dos empréstimos feitos até o momento estão concentrados no consumo e boa parte tomada por pessoas físicas. "Num primeiro momento, o objetivo foi a inclusão financeira e o contato das pessoas com os sistemas de crédito. Agora vamos avançar", afirmou.

 

Por isso mesmo, o novo programa tem a intenção de direcionar os recursos e dar foco aos financiamentos produtivos.

 

O público-alvo desse tipo de crédito, afirmou Holland, serão os Micro Empreendedores Individuais (MEI), ou seja, já formalizados.O programa também poderá ser usado como uma porta de saída para quem recebe o Bolsa Família. "Estamos pensando em qualificar as pessoas que recebem a transferência de renda e formá-los em formar agentes de crédito".

 

As discussões estão ocorrendo para que, até o final deste semestre, o projeto já esteja totalmente desenhado pelos técnicos. No desenho preliminar está sendo estudada a mudança de prazo para a concessão desses recursos como também o teto das taxas de juros cobradas, atualmente em 2% ao mês.

 

O secretário disse que hoje o prazo de financiamento chega a 60 meses, mas a intenção é que seja reduzido para algo em torno de 6 meses e sem carência. Segundo ele, o crédito mais longo tem apresentado taxas de inadimplência entre 15% e 20% enquanto o mais curto de 0,5%.

 

fonte: Brasil Econômico