04.09.12 - Juro Zero ultrapassa a marca de 5 mil operações

04/09/2012

Lançado em novembro pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável, e em parceria com o Badesc - Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina, e com o Sebrae-SC, e a Amcred/sc, Associação das Organizações de Microcrédito e Microfinanças, o programa Juro Zero registra 5.077 operações de empréstimos de até R$ 3 mil para empreendedores individuais.

O valor total já disponibilizado, até 31 de julho deste 2012,para empreendedores que têm faturamento bruto máximo de R$ 36 mil por ano, já soma R$ 14.049,420.

À frente da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, o secretário Paulo Roberto Bornhausen projeta crescimento no número de empréstimos. "Com o resultado de julho, firmamos a convicção de que chegaremos ao final do ano na marca das dez mil operações”.

O financiamento do programa Juro Zero é dividido em oito parcelas. Se o empreendedor pagar as sete primeiras, fica isento da oitava, que seria o valor dos juros. Outro diferencial do programa é a participação do Sebrae/SC, que orienta e acompanha os empreendedores que tomam o crédito. “Tão importante quanto facilitar o acesso ao crédito é orientar o empreendedor a como usá-lo e quais as reais necessidades do negócio”, ressalta Guilherme Zigelli, superintendente do Sebrae/SC.

O presidente do Badesc, Nelson Santiago, responsável pela matemática do programa, destaca a baixa taxa de inadimplência, que gira em torno de 1% e compara com procedimentos padrões: “Os bancos chegam a enfrentar uma taxa média de 4% de inadimplência das pessoas jurídicas. O Juro Zero beneficia os bons pagadores, é um programa de mérito”.

O JuroZero também estimula a formalização de empreendedores individuais. A formalização pode ser feita no site www.portaldoempreendedor.gov.br; nas instituições de microcrédito habilitadas para operar o programa; ou nos postos de atendimento do Sebrae/SC. Quem já é formalizado pode procurar a instituição de microcrédito mais próxima do seu negócio, a lista com as instituições credenciadas é encontrada no site www.jurozero.sc.gov.br.

Segundo o secretário, a costureira que pegou o empréstimo – sem juros – para comprar mais uma máquina de costura, gerou um importante movimento em toda a cadeia produtiva – a loja que vendeu a máquina teve que comprar outra para repor o estoque, o mesmo acontecendo com o atacadista que atende a loja e, na ponta, com a fábrica, que teve que aumentar sua produção para atender a demanda.

Segundo Paulo Bornhausen, quando a Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável - SDS, atendendo a desafio posto pelo governador Colombo, criou o Juro Zero, o que ele idealizou foi levar ao microeemprendedor individual o conhecimento necessário para, mais tarde, ele se tornar um empresário do setor de micro e pequenas empresas.

Paulo Bornhausen frisa que ele não quer que o MEI fique dependente do dinheiro, por isso o programa só permite duas operações para cada um. “Nós queremos que ele se torne um empresário da micro e pequena empresa. Se dermos o Juro Zero indefinidamente, ele não sai de sua zona de conforto”.
Ainda segundo Paulo Bornhausen, o outro ponto de destaque do programa, que é a meritocracia. O MEI só é beneficiado no final da operação. Caso ele não consiga pagar as 7 primeiras parcelas, ele perde o benefício, ficando sujeito aos desdobramentos de uma operação de crédito normal.

Paulo Bornhausen enfatiza: "Com oito meses de operação, o governo já tendo quitado as primeiras operações, feitas a partir de novembro de 2011, o Juro Zero se consolida como instrumento de fortalecimento da base da economia catarinense. E o mais importante é que o microempreendedor individual cliente do programa compreendeu a importância de se capacitar para que o seu negócio realmente seja um sucesso. Esses já estão a caminho de se tornarem empresários de micro porte, que é o objetivo maior do Juro Zero.

E eles também viram que compensa pagar seus compromissos em dia. Ou seja, o Juro Zero é um programa de inclusão econômica e, mais importante, formador de profissionais sérios. É assim que Santa Catarina deve ser vista, um estado onde o empreendedorismo é levado a sério em todas as suas dimensões, e com o apoio decisivo e meritocrático do governo."