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05.08.2011 - Entrevista: Rodrigo Moriguti - Gerente de Operações Especiais do Badesc fala sobre o Programa Juro Zero
05/08/2011
Foi bom. Vimos vários pontos que poderiam apresentar um empecilho durante o trâmite operacional da Oscip e conseguimos arredondar, visando a boa operacionalização do Programa Juro Zero.
Após este encontro com os representantes das Oscips, qual a principal alteração a ser elaborada no projeto ?
Vamos estudar o caso do repasse dos juros, para as organizações de microcrédito, daqueles contratos que cumpriram as condições do Programa Juro Zero. Imaginávamos vir um boleto da organização para o Badesc efetuar o pagamento, mas foi sugerido que façamos uma transferência eletrônica de conta corrente para conta corrente. Junto com nossa gerência financeira vamos estudar a viabilidade deste procedimento para saber se é possível e se não trará implicações legais. Eu creio que não haverá maiores problemas e acho que podemos adotar essa metodologia sugerida pelos representantes das Oscips.
Quais os benefícios que o Programa Juro Zero poderá proporcionar as Oscips de microcrédito?
Por ser operacionalizado pelas Organizações de Microcrédito toda divulgação vai ser no intuito de canalizar esses empreendedores até essas organizações. Como o presidente Santiago ressaltou, os dados consolidados mostram que hoje as Oscips atendem 34 mil empreendedores. Como nós temos em torno de 45.500 empreendedores individuais formalizados, mais aqueles que se sentirão incentivados a se formalizar por causa do Programa Juro Zero, nós acreditamos que isso poderá proporcionar uma alavancagem muito grande em suas carteiras. Favorecendo depois a geração de receita, contribuindo para a sustentabilidade e crescimento das organizações.
Quais as organizações que poderão operar o programa?
Todas as organizações que já possuem um contrato com o Badesc e já estão pré-selecionadas para operar o programa. É claro que ela tem que ter a intenção de participar. Não faremos uma imposição. É uma possibilidade que se abre para as organizações aderirem ou não. Nós esperamos a adesão de todas as organizações que hoje já operam o programa de microcrédito catarinense.
Segundo o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado (PNMPO) há 3 tipos de organizações que podem operar o microcrédito produtivo e orientado: as cooperativas de crédito, as sociedades de crédito ao microempreendedor, e as Oscips. Em Santa Catarina quem opera são apenas as Oscips de microcrédito. Com relação a este cenário você vê alguma mudança para o futuro.
Já tivemos a visita no Badesc de duas Sociedades de Crédito ao Microempreendedor (SCM) que poderiam também repassar o microcrédito. Falta fazermos a análise e ver como é que essa operação pode ser operacionalizada por eles no sentido de atingir o objetivo que a gente gostaria que o microcrédito tivesse. Com impacto social relevante para a economia de Santa Catarina. Precisamos equalizar esse tipo de situação. Também fomos procurados por cooperativas. Tive a visita de uma cooperativa de crédito da região de Florianópolis buscando repassar recursos para o microcrédito, mas a conversa não evoluiu.
Qual o volume de recursos disponível no Badesc para o microcrédito atualmente?
Recebemos agora um primeiro repasse do BNDES de R$5 milhões de um valor global de R$10 milhões. Nossa perspectiva é de esgotar este recurso rapidamente e já temos a intenção de ir ao BNDES de novo e solicitar mais R$10 milhões ou R$20 milhões, vai depender da demanda do Programa Juro Zero.
Quanto aos investimentos em tecnologia. Há a possibilidade do Badesc investir em tecnologia e repassar as Oscips de microcrédito?
Não tenho ciência dessa demanda das organizações. O que estamos desenvolvendo em tecnologia é só visando os procedimentos dentro do Programa Juro Zero.
por Silvestre Lacerda - Assessoria de Comunicação AMCRED-SC - 19h34