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11.12.2014 Brasileiros precisam aprender a poupar

11/12/2014

Por Amadeu Trentini, economista e diretor executivo da BluSol.

 

Uma pesquisa recente feita pelo Instituto Geoc, que representa 16 das principais empresas de cobrança do Brasil, verificou que oito em cada dez entrevistados estão inadimplentes. E, para piorar, uma parcela significativa desses devedores não sabe o quanto deve e nem para quem. 

 

O aumento no número de consumidores que não conseguem pagar as dívidas é preocupante. Alguns fatores contribuem para essa estatística, como a facilidade de acesso ao crédito por meio do empréstimo pessoal e o limite do cheque especial, liberado pelos bancos com muita agilidade e, geralmente, usado sem qualquer tipo de controle. Há ainda o uso indiscriminado do cartão de crédito.

 

O preço que se paga por essa falta de disciplina é caro. Para se ter uma ideia, cerca de 80% dos entrevistados pelo Instituto Geoc tinham dívidas em atraso e 75% estavam com nome negativado. Os passivos no cartão de crédito passaram de 42%, em 2010, para 65% em 2014.

 

Os juros dos valores emprestados são altos e para pagar as dívidas, muitos acabam realizando outros empréstimos, assim, fazendo a bola de neve aumentar. Para evitar todos esses transtornos por causa das dívidas, a regra é disciplina. É preciso ter controle de todos os gastos na ponta do lápis.

 

O brasileiro precisa aprender a gastar bem e a poupar. Deve-se evitar o uso do cartão de crédito, empréstimo pessoal e cheque especial. Se necessário usar esses recursos apenas para dívidas como alimentação, que é essencial para o dia-a-dia, contudo, jamais para roupas, por exemplo. Outra dica é fazer um planejamento de gastos para o ano e todos os meses revê-lo. Assim é mais fácil saber o quanto há disponível para gastar e onde é preciso economizar.

 

Por fim, aprenda a poupar. Reserve uma parte do salário para investimentos. Obviamente, não é necessário ser uma poupança. Hoje há diversas opções para quem deseja guardar recursos e que são bastante rentáveis, seja para pouco ou muito dinheiro. Outra escolha é criar um patrimônio para o futuro ou até mesmo para superar momentos de dificuldades ou imprevistos sem o endividamento.