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17.09 2013 Reunião técnica é aprovada por Oscips

17/09/2013

Uma iniciativa muito positiva. Assim foi resumida pelos participantes a reunião técnica promovida pela AMCRED-SC (Associação das Organizações de Microcrédito e Microfinanças de Santa Catarina) na quinta-feira, 12 de setembro, em São José, no Centro Empresarial Terra Firme. Os trabalhos foram comandados por dirigentes do Badesc (Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), dois dos principais agentes financeiros do sistema de microcrédito. 

O tema principal do encontro foi a padronização de procedimentos contábeis e de controles das Oscips (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e contou com a participação de gestores e colaboradores que atuam na área administrativo-financeira de todas as Oscips catarinenses, além de contadores e auditores. Paulo Roberto Anderson Monteiro, gerente do departamento de Economia Solidária do BNDES, considerou a reunião “extremamente positiva”. “O encontro teve dois aspectos importantes: o primeiro deles é a aproximação de quem empresta com quem opera os recursos, no caso, as Oscips; o segundo permite a difusão de melhores práticas de gestão”, assinala Monteiro. E a melhoria da governança, completa Monteiro, representa também uma vantagem competitiva, já que “com mais transparência e gestão mais aprimorada as Oscips estarão preparadas para enfrentar exigências de mercado, se habilitando a buscar recursos, inclusive, em bancos privados”.

Rodrigo Herval Moriguti, gerente de operações especiais do Badesc, salienta outra vantagem da padronização dos procedimentos: “A padronização vai agilizar a análise dos pedidos de recursos, beneficiando as Oscips e os tomadores de recursos”, explicou. Durante o encontro, Moriguti lembrou que a medida abre também a possibilidade da concessão de empréstimos com juros ainda mais baixos às Oscips. Segundo ele, se uma série de boas práticas for adotada, as taxas poderão ter um desconto de até 3 p.p..

Para Ana Paula Lana, funcionária da Blusol, de Blumenau, os resultados da reunião se refletirão no dia-a-dia. “A agilidade é fator preponderante para o empreendedor que está pedindo o recurso, portanto, pode ser considerado um diferencial”, afirma. O diretor executivo da Extracredi, José Jacó Pivetta, de São Miguel do Oeste, considerou a reunião como “um dos encontros mais produtivos” entre os que ele participou. “A adoção de novas ferramentas que deem mais transparência e agilidade no processo de análise de concessão de recursos vai ajudar ainda mais as Oscips”, afirmou. Isso porque, segundo ele, com estas novas práticas será possível atender a um número maior de pessoas. “É gratificante acompanhar a evolução de um negócio a partir da concessão de um pequeno crédito ou a transformação para melhor de uma família”, afirma.

A gerente de controladoria, Geórgia Michelin Schmidt, do Banco da Família, de Lages, saiu satisfeita do encontro por perceber que “já está atendendo praticamente 100% do que o BNDES propõe”. Mesmo assim, considerou a reunião válida, principalmente pela troca de experiências proporcionada. “É sempre bom conhecer ferramentas que ajudem no gerenciamento e na visão estratégica do negócio”, sintetizou.

Pedro Ananias Alves, consultor executivo da AMCRED-SC, que ajudou na condução dos trabalhos, salientou a importância dos temas debatidos. “A padronização de procedimentos contábeis e de ferramentas de controle dão mais transparência e, consequentemente, mais segurança aos provedores de recursos. Com isso, o sistema de microcrédito pode crescer ainda mais. E esta é uma das grandes preocupações da AMCRED-SC”, finalizou.
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