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18.10.2011 - América Latina lidera ranking sobre o ambiente de negócios para as microfinanças
18/10/2011
Oito dos doze primeiros países com o melhor ambiente de negócios para as microfinanças se encontram na América Latina, de acordo com índice Microscópio Global sobre o ambiente de negócios para as microfinanças 2011, preparado pela The Economist Intelligence Unit.
Esta pesquisa anual classifica os ambientes de negócios para as microfinanças em 55 países e apresenta uma perspectiva sobre as tendências globais e para cada país. O estudo deste ano mostra que a indústria de microfinanças em uma escala internacional está entrando em um estágio maduro de crescimento, que tem sido possível por melhorias na governança corporativa, a capacidade de regulação e gestão de riscos. No entanto, a análise destaca que ainda há lacunas na regulamentação e no mercado, o que limita a indústria a atingir o seu potencial e melhorar o acesso ao financiamento para os mais pobres.
O Peru encabeça o topo da lista de países, seguido pela Bolívia, Paquistão e Quênia, de acordo com o ranking de 2011, que compara os setores de microfinanças de países e regiões em duas categorias: Marco Regulatório e Prática e Marco Institucional. Estes dois são complementados por um fator de ajuste para levar em conta as convulsões políticas e de estabilidade que podem afetar o setor.
Os sólidos resultados da América Latina são impulsionados por pontuações mais altas em áreas que oferecem facilidades as microfinanças, particularmente a existência de uma infra-estrutura de centrais de risco que estão relativamente bem estabelecidas na região.
Os outros países latino-americanos que fazem parte dos top 12 são: El Salvador, Colômbia, Equador, México, Panamá e Paraguai. México e Brasil, as maiores economias da América Latina, tomaram medidas importantes para melhorar o clima para as microfinanças, ambos os países estão classificados entre os primeiros 15 lugares do índice.
O relatório destaca que, como grupo, os países latino-americanos não obtiveram resultados altos na área de Marco Regulatório e Prática, embora os melhores classificados - Bolívia e Peru - assim como El Salvador, Equador e Panamá, se mantiveram fortes na classificação geral, colocados entre os 10 primeiros postos em nível mundial.
Outros pontos a destacar para a região:
O Peru tem um dos setores de microfinanças mais sofisticados da região, graças a capacidade de supervisão de seu regulador financeiro, a Superintendência de Banca, Seguros e AFP, e uma estrutura legal favorável que estabelece regras bem definidas para as instituições microfinanceiras tanto reguladas como não reguladas.
A Bolívia mantém um forte e favorável ambiente regulador para as microfinanças com práticas de destaque na transparência dos preços (na qual vem em primeiro lugar no mundo), resolução de disputas e um sistema de agências de crédito abrangente.
El Salvador continua com bom desempenho. É o primeiro país na Europa Central e permanece em quinto lugar na classificação geral. El Salvador tem uma estrutura regulatória particularmente sólida (sétimo lugar nesta categoria) e sua indústria de microfinanças tem normas de contabilidade razoável e um sistema de agências de crédito desenvolvidos.
Entre os 10 países na classificação geral deste ano, a pontuação do México melhorou significativamente, subindo 13 pontos e chegando ao décimo lugar. Isto é devido aos esforços significativo na simplificação da regulamentação das microfinança, melhorias na padronização de práticas contábeis e o estabelecimento de reformas para melhorar a proteção dos consumidores em matéria de transparência dos preços e resolução de conflitos.
Microscópio mundial
O Microscópio Global sobre o Clima de Negócios para as Microfinanças 2011 oferece pelo terceiro ano uma análise detalhada do clima de negócios em 55 países. É também o quinto índice que monitora 21 países na América Latina e no Caribe.
Este trabalho teve apoio financeiro do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), membro do grupo BID, CAF Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Fundo Fiduciário de Assistência Técnica dos Países Baixos através da International Finance Corporation (IFC).
O relatório foi lançado em 12 de outubro, durante o XIV Fórum Interamericano da Microempresa (Foromic 2011), a maior conferência anual sobre as microempresas na América Latina e no Caribe, que este ano foi realizada em San José, Costa Rica.
Assessoria de Comunicação AMCRED-SC