Atento às últimas crises financeiras, que provocaram graves problemas à economia mundial, Tarso ressaltou a necessidade de diversificar e ampliar os investimentos no Rio Grande do Sul. "Uma economia que depende só de um setor, só de uma grande empresa ou um conglomerado delas, é uma economia fadada a não ter suporte para desenvolver políticas anti-cíclicas de resistências às crises, que são periódicas na sociedade capitalista em que vivemos", ponderou. 

Tarso acrescentou que a experiência de outros modelos de fornecimento de crédito aponta para um baixo índice de inadimplência. "O não pagamento dos créditos desses sistemas, quando é muito alto, fica em torno de 5%, enquanto o sistema de crédito tradicional chega a 12 ou 13%", afirmou. 

Conforme Tarso, a maioria dos empréstimos deverá ficar entre R$ 5 mil a R$ 7 mil. "O empresário do microcrédito pega exatamente aquilo que ele precisa, porque ele sabe que vai poder pagar", destacou. Bem-humorado, o governador citou frase do ex-presidente Lula, que dizia 'que pobre é bom pagador, sabe o valor do dinheiro'. 

O titular da Sesampe, Maurício Dziedricki frisou que a ideia é promover 'a busca' pelo cliente. "O tomador da micro e pequena empresa, que entende do seu negócio e que imagina poder, com o crédito de R$ 300 a R$ 15 mil, passa a incorporar isso à sua atividade empresarial", informou, destacando que os interessados podem fazer consultas pelo portal www.microcreditors.com.br.

 

O Programa já possui 25 prefeituras e três Instituições Comunitárias de Crédito (ICCs) credenciadas e que operarão junto à base produtiva do RS. Para avalizar os empréstimos, haverá um fundo garantidor de R$ 50 milhões, feito pelo Governo do Estado, que assumirá o risco de cada operação. A iniciativa conta com a parceria do Banrisul e do BNDES. Os empréstimos serão afiançados pelo Fundo de Apoio à Microempresa, Microprodutor Rural e a Empresa de Pequeno Porte (Funamep).