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21.03.2011 - Volume de cheque sem fundo cresce em fevereiro, aponta Serasa
12/07/2011
Em fevereiro de 2011, foram devolvidos 1,83% de cheques por insuficiência de fundos, em todo o país segundo Serasa. Houve um aumento de 0,13 ponto percentual em relação ao mês anterior, que registrou 1,70%. Santa Catarina se encontra em 24º no ranking de 27 estados divulgados pela instituição.
Para os economistas da Serasa Experian, os cheques sem fundos voltaram a subir em fevereiro deste ano, na comparação com janeiro, por conta do maior comprometimento de renda do consumidor com dívidas. Neste período, as compras parceladas no Natal, os gastos nas férias e as despesas típicas de início de ano (IPTU, IPVA e despesas escolares) pressionam o orçamento familiar e abrem espaço para os cheques sem fundos.
Além disso, a política monetária voltada para o controle da inflação, via elevação dos juros, tem impactado as finanças daqueles consumidores mais endividados, que se financiam com dívidas mais caras, a exemplo do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito, deixando menos recursos disponíveis para o pagamento de outros compromissos.
A perspectiva é de que os cheques sem fundos possam aumentar nos meses de março e maio, quando historicamente ocorrem picos sazonais. Para o 2º semestre, o indicador estará sujeito à intensidade do aperto monetário e seu sucesso em reduzir a inflação, juntamente com a evolução do endividamento do consumidor.
Nos estados e regiões
No primeiro bimestre de 2011, Roraima foi o estado com o maior percentual de cheques devolvidos (10,06%). São Paulo, por sua vez, foi o estado com menor percentual (1,37%). Entre as regiões, a Norte foi a com maior percentual de devolução de cheques no segundo mês do ano, com 3,79%. Na outra ponta do ranking está a Sudeste, com 1,46%.
Santa Catarina pode ter aparecido com um dos menores índices de devolução, mas Roraima, Maranhão e Acre lideram, respectivamente, o ranking de maior número de devoluções de cheques. A região Sul também aparece como a segunda menor em número de devoluções, com 1,65%, perdendo apenas para a região Sudeste, que apresentou 1,46%