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22.03.2011 - Bancos médios devem ter queda de captação

12/07/2011

São Paulo - Nos três primeiros meses do ano, a captação de recursos interna dos bancos demonstra números positivos, principalmente em linhas que beneficiam os bancos médios. De acordo com dados do Cetip, o estoque flutuante total de Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE) cresceu 10,02%, de R$ 14,6 milhões em 31 de dezembro de 2010, para R$ 16,08 milhões em 21 de março de 2011. Outro número que demonstra o aumento é o de Letra Financeira no mesmo período, de R$ 25,9 milhões para R$ 43,3 milhões.


Os dados reforçam a tendência de que os bancos médios já formam uma boa reserva de recursos nos primeiros meses do ano, já que a situação econômica mundial revela um possível encarecimento da captação de recursos para estes bancos. Para Celso Cláudio de Hildebrand e Grisi, diretor presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, o setor se encontra em uma situação complicada. "Com a instabilidade econômica mundial, os recursos estão mais caros, principalmente no exterior. Como o risco nos bancos médios é maior, o investidor caminha para os grandes. Por esse motivo, a captação fica mais cara e com prazos menores."


Renato Oliva, presidente da Associação Brasileira de Bancos Comerciais (ABBC), concorda que a liquidez mundial apresenta diminuição, mas afirma que a captação no exterior continuará com sucesso. "O mercado para os bancos médios continuará em crescimento em 2011, já que o sistema financeiro é sólido." Em janeiro de 2011, os bancos emitiram US$ 3,6 bilhões em títulos no mercado externo, sendo que o setor financeiro representa 58,5% do número total de emissões brasileiras, de acordo com boletim da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

 

Outro motivo que irá dificultar uma futura captação de recursos, segundo Celso Grisi, é o perfil do cliente no mercado de crédito. "Diante das medidas do Banco Central, com aumento da taxa de juros, bancos grandes começam a dificultar o crédito devido ao aumento dos índices de inadimplência. Com isso, bancos médios pegam clientes piores e precisam cobrar taxas mais altas para cobrir os riscos", ressalta Grisi.

O momento econômico instável provocado pela tragédia no Japão e por conflitos no Oriente Médio também pode afetar os resultados dos bancos médios brasileiros, principalmente dos que possuem acionistas ou dependem de capital dessas regiões. "O Banco ABC Brasil (Arab Banking Corporation), por exemplo, vai sentir os reflexos porque o capital vem da Líbia e o seu principal acionista é o ditador Muamar Kadafi", relembrou o especialista da Fractal, que acrescentou: "A perspectiva de baixo crescimento da China em 2011 e o terremoto no Japão irão se refletir nos bancos que possuem operações na Ásia."


Fonte: DCI