Notícias
25.10.2011 - Atividade econômica desacelera em agosto
25/10/2011
A atividade econômica brasileira entrou em trajetória de desaceleração. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), o crescimento econômico foi de apenas 0,1% em agosto/11, descontando-se as influências sazonais, taxa inferior à alta de 0,3% ocorrida no mês imediatamente anterior. Em relação ao mesmo mês de 2010, o crescimento da atividade econômica foi de 3,1% em agosto/11, acumulando elevação de 3,5% no período de janeiro a agosto de 2011. Já nos 12 meses encerrados em agosto/11, houve expansão de 4,1% da atividade econômica.
A atividade econômica somente não registrou variação mensal negativa em agosto/11 porque ainda se registrou elevação de 0,3% no setor de serviços. Já a atividade da indústria expandiu-se de 0,2% no mês de agosto e, por sua vez, o setor agropecuário registrou avanço de 0,1%.
Do ponto de vista da demanda agregada, a atividade econômica continua sendo puxada pelo consumo das famílias, o qual cresceu 0,7% em agosto/11, acumulando alta de 5,8% no período de janeiro a agosto de 2011. Os investimentos recuperaram-se parcialmente da queda que haviam apresentado em julho/11 (-2,6%) e subiram 1,5% em agosto. Por sua vez, o consumo do governo cresceu apenas 0,2% em agosto. O setor externo, com as importações crescendo mais que as exportações (2,2% contra 1,8%), também contribuiu para segurar o crescimento da atividade econômica em agosto.
Com a alta de 0,1% da atividade econômica no mês de agosto, a taxa de crescimento trimestral passou de 0,6% no trimestre encerrado em julho/11 para 0,5% nos três meses findos em agosto/11, confirmando a atual trajetória de desaceleração da economia brasileira. É importante frisar que esta desaceleração é fruto das medidas de aperto fiscal e monetário introduzidas pelo governo para se combater a alta da inflação, as quais prevaleceram durante grande parte do ano, bem como do agravamento do quadro externo e da alta das importações.
Assim, a nova postura de redução da taxa básica de juros, em vigor desde o final de agosto, ainda demorará um pouco para surtir efeitos benéficos sobre o ritmo de crescimento econômico brasileiro, salientam os economistas da Serasa Experian.
Assessoria de Comunicação AMCRED-SC