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CRÉDITO DESACELERA, MAS ANALISTAS VEEM SINAIS DE MELHORA NESTE INÍCIO DE ANO

12/07/2011

CRÉDITO DESACELERA, MAS ANALISTAS VEEM SINAIS DE MELHORA NESTE INÍCIO DE ANO.

Apesar de ter mostrado uma desaceleração significativa no crescimento do crédito, alguns pontos da Nota de Política Monetária foram interpretados como sinalizações positivas, como destacado por Philip Wagner, do Unibanco. Segundo ele, "o resultado surpreendeu negativamente, mas trouxe alguns sinais de esperança".

Wagner ressalta principalmente o crescimento da média diária de concessões de crédito a pessoas físicas, que continuou "vigoroso" no período, e a diminuição dos spreads bancários, influenciado pelo segmento de pessoas físicas.

Outro ponto marginalmente positivo é a redução dos spreads sobre créditos livres na passagem entre janeiro e fevereiro. "Melhor ainda, membros do Governo já anteciparam que a redução nos spreads continuou em março", reitera o analista.

Segmento automobilístico

Ao avaliar os créditos para pessoas físicas, o Unibanco destaca o desempenho dos financiamentos de automóveis, cuja média diária continuou mostrando fortes acréscimos em fevereiro, ultrapassando os níveis de antes de setembro de 2008, quando os reflexos da crise financeira se intensificaram no Brasil.

"O financiamento de veículos, incluindo leasing, foi impulsionado pela isenção temporária do IPI cobrado sobre as vendas de veículos automotores novos, que haviam caído quando a crise piorou", explicou Wagner.

Pequenas e médias empresas

A Nota de Política Monetária, divulgada pelo Banco Central na última quinta-feira (26), também mostrou a desaceleração do crédito no middle market. De acordo com a Link Investimentos, esse cenário de avanço mais lento no crédito para empresas menores deve permanecer durante 2009.

A corretora explica que as dificuldades no mercado de crédito como um todo foram reforçadas pelo fato de que "os bancos de médio porte, muitos deles focados no middle market, foram bastante afetados com a crise, principalmente no aspecto de liquidez, o que contribuiu ainda mais para a escassez de recursos para este nicho de mercado" .

Nesse sentido, cabe lembrar também que o Banco Central anunciou a expansão das garantias do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para depósitos a prazo, com limites de emissão de R$ 5 bilhões por instituição.

"É entendimento do BC que tal montante será suficiente para provocar um refluxo de depositantes para instituições de médio porte, que assim poderão ampliar a oferta de crédito para seus nichos de negócio, como capital de giro para pequenas e médias empresas", avalia a Ágora Corretora.

Inadimplência aumenta

Entre os destaques negativos da Nota do Banco Central está principalmente o aumento do nível de inadimplência, que cresceu 3,1% em relação a janeiro e 34,6% em relação a fevereiro de 2008.

"O nível de inadimplência está se tornando uma preocupação importante", declarou o Banif, lembrando a deterioração da carteira de crédito com portfólios classificados como A e AA diminuindo de 63,8% para 62,3%.

Porém, os analistas do Banif não acreditam que os números de fevereiro farão diferença significativa no balanço das instituições financeiras no primeiro trimestre deste ano, em relação ao quarto trimestre de 2008. "As provisões equivalem a 6,4% da carteira total, sendo o suficiente para fazer frente à inadimplência que hoje está em 3,4%".

Melhora temporária

Embora relativamente otimista com os sinais de melhora, o Unibanco ressalta que esses vestígios podem ser apenas temporários. "Nossa expectativa é de que os bancos mantenham as válvulas do crédito apertadas, se protegendo da deterioração da perspectiva global e das projeções de enfraquecimento da atividade econômica em 2009", informa Wagner.

O analista acrescenta que condições mais fracas de emprego levam à depressão na renda de indivíduos e empresas, impondo restrições à qualidade do portfólio de crédito devido ao aumento da inadimplência. "Nesse ambiente, os sinais de melhora podem ser temporários".