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Meirelles e Lula discursam na abertura do II Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira.

12/07/2011

Começou dia 17, quarta-feira, e termina nesta sexta-feira (19/11) o II Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira.

O evento, restrito a convidados dos organizadores, foi realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília e contou com a participação do Presidente da Amcred, Luiz Carlos Floriani, convidado como debatedor pelo Banco Central.
 
A abertura ocorreu às 14h do primeiro dia de evento (4ª feira, 17/11). Neste mesmo dia, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, participaram do painel “Inclusão Financeira no Governo Lula”, que teve início às 16h30.
 
Na ocasião o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse em seu discurso que a inclusão financeira das pequenas empresas e dos empreendedores é fundamental para o crescimento sustentável em qualquer economia. Além disso, lembrou que a exclusão financeira das populações de baixa renda não condiz com a construção de uma sociedade democrática.

Segundo Meirelles, o Brasil está vencendo o desafio da inclusão financeira, ou bancarização, com base na maior capilaridade do sistema financeiro que hoje está presente em todos os locais do país. Mesmo onde não tem agências físicas de bancos, a população pode contar com cooperativas de crédito, casas lotéricas e correspondentes bancários para suas movimentações.
 
Meirelles salientou que a mudança da realidade brasileira, com mais inclusão financeira, foi decisiva para o fortalecimento do mercado doméstico e para a criação de condições adequadas que permitiram ao país sair mais cedo da crise financeira mundial, deflagrada em setembro de 2008 com a quebra do Banco Lehman Brothers, dos Estados Unidos.
 
"Não há dúvidas que a inclusão é fundamental para garantir mais cidadania", disse ele. Além disso, acrescentou que o impacto da inclusão financeira e do microcrédito são de grande importância, porque "geram aumento de consumo, movimentam a economia real, e esse componente é muitas vezes ignorado".

Pobre paga melhor  
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o pequeno tomador de empréstimo "é quem paga melhor suas dívidas", porque ele precisa manter o patrimônio, que muitas vezes consiste apenas no nome, que ele deve preservar. São os mais pobres, portanto, os melhores pagadores e menos responsáveis pela inadimplência no sistema financeiro, disse Lula.

Essa constatação, segundo ele, dá a ideia exata da importância de se criar condições para que cada vez mais brasileiros usufruam os benefícios que o estado moderno pode oferecer. Segundo ele, essa preocupação esteve sempre presente na sua administração, porque tem consciência de que "pouco dinheiro na mão de muitos significa distribuição de renda".
 
Lula lembrou que de modo geral "as pessoas perdem a dimensão de importância das coisas pequenas, principalmente quem lida com muito dinheiro e só se preocupa com milhões".